Kinect aponta para o futuro da computação, dizem especialistas
RAFAEL CAPANEMA
DE SÃO PAULO
Imagine que você queira ver na televisão as fotos que tirou no celular. É só fazer um simples gesto: mover sua mão da telinha do telefone em direção à telona da sala de estar. Pronto.DE SÃO PAULO
Para passar de uma foto para outra, basta mexer a mão no ar da direita para a esquerda e vice-versa (você também pode usar o pé ou a cabeça, se preferir).
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Joe Raedle/AFP | ||
Kinect, acessório para Xbox 360 que dispensa controles |
Para dar um zoom em um detalhe de uma fotografia, é só afastar uma mão da outra.
Assim, sem cabos, sem configurações difíceis e sem encostar em botões ou telas.
Depois do Kinect, esses tipos de interação com dispositivos eletrônicos devem se tornar comuns nos próximos anos, afirmam especialistas.
Isso significa, entre outras coisas, que está cada vez mais próxima a realização do sonho nerd de usar interfaces futurísticas como as vistas em "Minority Report - A Nova Lei" (2002), filme de Steven Spielberg baseado na obra de Philip K. Dick e estrelado por Tom Cruise.
"O Kinect é para as interfaces multitoque o que o mouse foi para o DOS", diz James McQuivey, analista de estratégia de produtos de consumo da Forrester, referindo-se ao sistema baseado em linhas de comando, suplantado pelas interfaces gráficas.
Segundo McQuivey, o Kinect representa "uma forma nova e dramaticamente natural de interagir não apenas com a TV e com computadores, mas com toda máquina que conceberemos no futuro". Ele aposta que, em dez anos, 70% dos lares terão esse tipo de tecnologia (leia aqui).
COMANDOS DE VOZ
A possibilidade de jogar sem controles, usando o corpo inteiro, acabou por ofuscar um pouco outro recurso importante do Kinect: o de comandar o videogame usando a voz.
A funcionalidade, que já se encontra em celulares com Android, por exemplo, deve se expandir ainda mais para outros tipos de dispositivo.
"A experiência do Kinect é tão cativante que eu me pego olhando para meus outros eletrônicos com desprezo", escreveu Seth Schiesel, crítico de videogame do "New York Times". "Não quero ter que decorar os números dos canais. Por que não posso apenas dizer 'DirecTV, CNN' ou 'DirecTV, Fox'? Por que não posso dizer 'aparelho de som, rádio' ou 'aparelho de som, iPod'?".
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